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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

CRUCIFIQUE-SE!


O imperativo é forte: crucifique-se. Mas não há outro jeito de alcançar vitória sobre certos ímpetos. Eles são como rios caudalosos em tempo de muita chuva: destroem tudo que está pela frente. Se não forem represados, os ímpetos pecaminosos saem de dentro do coração humano e causam estragos enormes. Uma vez soltas, essas paixões provocam tanto ódio, violência, assassinatos e guerras, como estupro, pedofilia, adultério, práticas homossexuais, sexo com animais e toda sorte de comportamentos degradantes. Quando generalizada, é essa permissividade pecaminosa que torna a vida humana perigosa e insustentável, como hoje se vê.

O que acontece depois de uma verdadeira conversão a Cristo é a vontade e a obrigação de negar-se a si mesmo: “Sabemos que a nossa velha natureza pecadora já foi morta com Cristo na cruz a fim de que o nosso eu pecador fosse morto, e assim não sejamos mais escravos do pecado” (Rm 6.6, NTLH). É por essa razão que Paulo afirma: “os que pertencem a Cristo crucificaram os instintos egoístas junto com suas paixões e desejos” (Gl 5.24, EP). O próprio apóstolo se inclui nesse grupo e confessa: “Por meio da cruz, o mundo [em seu sentido carnal] está morto para mim, e eu estou morto para o mundo” (Gl 6.14, NTLH).

Usa-se a expressão crucificar a carne para relacionar essa ginástica comportamental com a crucificação de Jesus. Se Ele foi capaz de ser obediente “até a morte e morte de cruz” (Fp 2.8), por que os remidos por seu sangue não podem fazer o mesmo?

Crucifique-se. Você mesmo. Com o auxílio de Deus. Porque, como diz o Talmude, “a paixão é, primeiro, uma estranha; depois, torna-se hóspede; e, finalmente, é a dona da casa”. O seu dono não pode ser a paixão, mas o Senhor Jesus Cristo.

Extraído da revista Ultimato. Editora Ultimato, Março-Abril, 2002, Ano XXXV, Nº 275. Seção “Em Letras Grandes”.

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