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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O EIXO DO MAL

A palavra eixo tem sido usada para definir a aliança entre nações de sistema político idêntico. Na época da segunda grande guerra, referia-se ao pacto entre a Alemanha nazista e a Itália facista. Pouco mais tarde, o Japão engrossou esse famoso e terrível eixo. Hoje, certa nação ocidental está chamando de eixo do mal certas nações orientais supostamente envolvidas com práticas terroristas.
Contudo, a expressão eixo do mal assenta como uma luva quando se refere à união de três forças distintas mas com propósito iguais: a carne, o mundo e o Diabo.
A carne diz respeito à propensão que todos carregam dentro de si, a rigor, desde o nascimento (is 48.8) ou melhor, desde a concepção (Sl 51.5). O Livro de Eclesiastes diz que "o coração do homem está cheio de maldade e de loucura durante toda a vida". (Ec 9.3, NVI). Jesus confirma essa análise, ao declarar que as coisas más, como adultérios, arrogância, calúnia, homicídos, imoralidades sexuais, inveja, roubos, etc. vêm de dentro e tornam o homem impuro (Mc 7.20-23). Em entrevista à Folha de São Paulo, o advogado Paul Diamond lembra que "está no cerne da religião cristã que os homens nascem com o coração inclinado a todos os tipos de maldade (FSP, 15/6/, A-12)
O mundo diz respeito à cultura no meio da qual todos os seres humanos nascem e morrem. Porque é habitado e governado não por santos, mas por pecadores, este mundo tem uma estrutura hostil a quem quer ser íntegro e não oferece a essa pessoa nem exemplos nem estímulo nem meios, nem prêmios. Só consegue ser íntegro aquele que nada contra a correnteza, contra o fluxo natural. Esse sistema é chamado de perverso (gl 1.4) e de mundo tenebroso (Ef 6.12). Por essa razão, não se deve amar o mundo nem o nele há, pois 'se alguém ama o munod o amor do Pai não está nele" (1 Jo 2.15). Uma vez que "o mundo todo está sob o poder do Malígno" ( 1 Jo 5.19), o exemplo de Paulo é convincente: "Por meio da cruz, o mundo está morto para mim e eu estou morto para o mundo" (gl 6.14, NTLH).
O Diabo diz respeito a um ser extraterrestre, anterior ao ser humano, inimigo de Deus, dotado de alguns poderes e relativamente livre. Trata-se de uma pessoa, não de uma mera força. É uma pessoa inteligente, astuta, sutil, insistente, que usa e abusa da mentira (jo 8.44), capaz de fazer grandes estragos na vida humana como na criação de Deus. Certamente não é aquele diabo medieval, pintado e descrito erroneamente, o que tem provocado mais confusão do que esclarecimento, o que tem provocado mais confusão do que esclarecimento, mais dúvida do que certeza e mais zombaria do que medidas preventivas. A liberdade do diabo é limitada e controlado soberanamente por Deus, como se vê na experiência de Jó (Jó 1.12; 2.6) e na de Pedro (Lc 22.31). Ele é chamado de tentador (Mt 4.1; 1 Ts 2.5) e de adversário (1 Pe 5.8). Pouco ou nada se sabe a respeito dele antes da sua primeira icursão na história do Éden (Gn 3.1-7), mas sabe-se o suficiente sobre o seu destino final (ap 20.7-10).
A carne, o mundo e o Diabo - esse é verdadeiramente o eixo do mal. Exceto no cap. 2 da Epístola aos Efésios, os três são mencionados separadamente nas Escrituras, embora tenham sempre o mesmo propósito.
Qualquer um de nós pode subscrever o desabafo do salmista: "Estou em meio a leões ávidos a me devorar" (sl 57.4). O primeiro Leão vive dentro de nós - é a carne; o segundo leão está ao redor de nós - é o mundo; e o terceiro leão está um pouco acima de nós - é o Diabo.
Esses leões internos, externos e esotéricos, não valem nada diante do Leão de Judá (Jesus), que abriu os sete selos para descerrar a história da redenção!
(fonte: Revista Ultimato: maio/junho 2003)