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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A PARÁBOLA DA LARANJEIRA

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EM SONHO eu viajava por uma estrada sem movimento: silenciosa, reta e vazia. De um lado e do outro, verdadeiros bosques de laranjei­ras -carreira após carreira estendia-se sem fim, até se perder de vista. Estavam carregadas de belas frutas maduras, pois era tempo de colheita. Minha admiração crescia à medida que quilô­metro após quilômetro se escoava. De que maneira se conseguiria fazer a colheita? Lembrei-me de que, durante todas aquelas horas que eu andava, não tinha visto viva alma. Não havia ninguém nos laranjais, e eu não tinha passado por outro carro. Não se viam casas à margem da estrada. Eu estava sozinho em meio a uma floresta de laranjeiras. Afinal vislumbrei alguns trabalhadores colhen­do as frutas. Longe da estrada, quase no horizonte, perdido no vasto ermo de frutas a colher, pude discernir pequenino grupo de colhedores traba­lhando diligentemente. Quilômetros mais adiante vi outro grupo. Não posso garantir, mas tive a impressão de que a terra debaixo de mim tremia de gargalhadas silenciosas diante da impossibilidade da tarefa. Contudo os trabalhadores prosseguiam em sua tarefa de apanhar laranjas.O sol já descambava no ocaso e as sombras se alongavam quando, sem nenhum aviso, dobrei uma curva da estrada e vi uma placa com os dizeres: “Termina o condado negligenciado – Entra-se no condado interno”. O contraste foi tão chocante que mal tive tempo para tomar conhecimento do aviso. Tive que reduzir a marcha de meu carro, pois de repente me achava no meio de tráfego intenso. Pessoas, aos milhares, formigavam pela estrada e abarrotavam as calçadas. Ainda mais notável era a transformação que se observava nos laranjais, que ali também haviam, repletos de laranjeiras, porém agora, longe de estarem abando­nados, estavam cheios do riso e do canto de multidões de gente. De fato, era o povo e não as laranjeiras que me chamavam a atenção – povo, e também casas.
Estacionei meu carro à margem da estrada e juntei-me à multidão. Vestidos chiques, sapatos bons, chapéus vistosos, ternos caros e camisas engo­madas, me tornaram cônscio de minhas roupas de trabalho. Todo o mundo aparentava ar
festivo e jovial. “É feriado?” perguntei a uma senhora bem vestida. Ela ficou por um momento espantada, depois sorriu com ar de condescendência.”O senhor é de fora, não?” perguntou, e, antes que eu pudesse responder, prosseguiu: “Hoje é o Dia da Laranja”. Ela deve ter notado meu olhar de perplexidade, pois continuou: “É tão bom voltarmos dos trabalhos, um dia por semana, para apanhar laranjas”. “Mas não colhem laranjas todos os dias?” per­guntei.
“Podemos fazê-lo a qualquer tempo”, respon­deu. “Devemos estar sempre prontos para colher laranjas, porém o Dia da Laranja é que consagra­mos especialmente a esse mister.
Deixei-a e penetrei mais no meio das árvores. A maior parte das pessoas levava um livro, muito bem encadernado em couro, com bordas e letreiro doura­dos. Pude ler na beirada de um desses livros: “Ma­nual do Apanhador de Laranjas”.
Daí a pouco, notei que em volta de uma das laranjeiras, tinha arranjado assentos dispostos em círculos ascendentes a partir do chão. Os assentos estavam quase todos ocupados, mas, assim que me aproximei do grupo, um cavalheiro sorridente e bem vestido me estendeu a mão e me levou para um lugar desocupado. Ali em volta da laranjeira eu via uma porção de pessoas. Uma destas se dirigia aos que estavam sentados, e, no momento em que eu chegava a meu lugar, todos ficaram em pé e começaram a cantar. O homem a meu lado me
deixou olhar com ele no seu livro de cânticos, que era entitulado: “Canções dos Laranjais. Cantaram durante algum tempo; o dirigente do canto abanava os braços com estranho fervor, exortando o povo nos intervalos entre os cânticos, a cantar mais forte. Fiquei cada vez mais perplexo. “Quando é que vamos começar a apanhar la­ranjas?” perguntei ao homem que me tinha cedido o livro de cânticos. “Não demora muito mais”, disse-me ele. “Gos­tamos de entusiasmar a todos primeiro. Além disso, queremos que as laranjas se sintam à vontade. Pensei que ele estivesse pilheriando, porém seu olhar era sério. Finalmente, o dirigente do canto entregou a palavra a um gorducho que leu dois períodos de seu exemplar, bastante manuseado, do Manual do Apanhador de Laranjas, e a seguir começou a fazer um discurso. Não entendi bem se ele se dirigia ao povo ou às laranjas. De relance olhei ao redor e vi diversos outros grupos, parecidos com o nosso, cada qual reunido em torno de uma laranjeira e ouvindo discursos de outros gorduchos.
Algumas árvores não tinham ninguém ao redor. “De quais pés colheremos?” perguntei ao ho­mem a meu lado. Ele pareceu não entender, então apontei as laranjeiras em volta. “Nossa árvore é esta, respondeu ele, apontan­do a laranjeira ao redor da qual nos achávamos reunidos. “Mas nós somos muitos para colher de uma árvore só!” protestei. “Ora, há mais pessoas do que laranjas! “Mas nós não colhemos as laranjas”, explicou meu companheiro. “Nós não fomos vocacionados. Isso é serviço do Pastor Apanhador de Laranjas. Nós estamos aqui para apoiá-lo. Nós não fizemos o curso. Para ser bem sucedido em apanhar uma laranja, a pessoa precisa saber como a fruta pensa – psicologia larângica, não sabe? A maior parte das pessoas aqui (apontando para os assistentes) nunca freqüentou a Escola do Manual. “Escola do Manual?” sussurrei. “Que é isso?” ”É onde vão para estudar o Manual do Apanhador de Laranjas”, esclareceu meu infor­mante. “É muito difícil; precisa de anos de estudo para entender”. “Então é assim?” murmurei. “Eu não fazia ideia de que fosse tão difícil apanhar laranjas”.
O gorducho, lá na frente, ainda estava fazendo seu discurso. Estava agitado; parecia que estava indignado a respeito de alguma coisa. Ao que pude entender, havia rivalidade entre outros grupos e o dele. A seguir, seu rosto brilhou. “Mas não estamos abandonados”, exclamou. “Temos muitos motivos para dar graças a Deus. Na semana passada, vimos três laranjas tra­zidas para o nosso balaio, e acabamos de liquidar toda a dívida das novas capas que ornam as almofadas em que vos achais sentados neste instante”.
“Que maravilha, não?” disse o homem a meu lado. Eu não respondi. Senti que alguma coisa devia estar profundamente errada. Tudo aquilo me pare­cia ser uma forma muito esquisita e confusa de se colher laranjas.O gorducho estava
atingindo o clímax de seu discurso. O ambiente estava tenso. E então, com um gesto muito dramático, ele estendeu a mão em direção a um dos galhos, apanhou duas laranjas e depositou-as na cesta que estava a seus pés. Os aplausos foram ensurdecedores. “Agora nós começamos a colher?” perguntei a meu companheiro. “Ora, que é que o senhor supõe que estamos fazendo?” perguntou ele. Todo este esforço, a que o senhor imagina que se destina? Há mais talento para colher laranjas, neste grupo, do que em todo o restante do
condado interno. Milhões de reais têm sido gastos com a laranjeira que está diante de nós”. Apressei-me a pedir desculpas. “Eu não esta­va censurando”, falei; “e tenho certeza de que o gorducho deve ser muito bom apanhador de laran­jas, mas nós outros não podíamos experimentar também? Afinal de contas, há tantas laranjas que precisam ser colhidas. Todos nós temos duas mãos, e podíamos ler o Manual”. “Quando o senhor estiver no negócio tanto tempo quanto eu, compreenderá que não é assim tão simples”, respondeu ele. “Para começar, não temos tempo. Temos nosso serviço a fazer, nossa família a cuidar, nossa casa a zelar. Nós…”
Mas eu não estava escutando. A luz começava a raiar em minha frente. Fosse o que fosse essa gente, apanhadores de laranjas é que não eram. Para eles, a colheita de laranjas não passava de um tipo de divertimento de fim de semana. Experimentei mais alguns dos grupos ao redor das laranjeiras. Nem todos tinham padrões acadêmicos tão elevados para colhedores de laranjas. Alguns davam aulas sobre a matéria. Procurei contar-lhes das laranjeiras que eu tinha visto no condado negligenciado, mas não parecia que lhes interessava muito. “Ainda não colhemos todas as laranjas daqui”, era a resposta mais comum. Em meu sonho, o sol quase acabava de apare­cer, e, cansado do barulho e movimento ao redor, entrei no carro e comecei a voltar pela mesma estrada.
Logo havia, em todos os lados, os vastos e abandonados laranjais. Havia, porém, modificações. Algo tinha aconte­cido na minha ausência. Por todos os lados o chão se cobria de frutas caídas. E, enquanto eu olhava, me pareceu que as árvores começavam a chover laran­jas. Muitas delas jaziam apodrecendo. Senti que, em tudo isso, havia alguma coisa de muito estranho; e mais: sentia-me confuso ao lem­brar-me de toda aquela gente no condado in­terno.
Então, ressoando através das árvores, veio uma voz que dizia: “A seara é grande, mas os trabalhado­res são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores…”
E acordei, pois era apenas um sonho!

por John White
Publicado pela “Missão Novas Tribos do Brasil”.
DEUS QUER TUDO




(Marcos 12:41-44)

A lição que nos traz esta história é muito simples e clara, qualquer um pode captá-la, dispensaria quaisquer comentários. Entretanto é sábio o mestre que enfatiza bem as verdades que parecem simples, porque temos a tendência de passarmos desapercebidos por elas no nosso dia a dia. Por isto precisam ser lembradas para que não venhamos a agir opostos aquilo que sabemos ser a verdade.

Então hoje, queremos partilhar este texto extraindo juntos as verdades trazidas por meio desta história.

Pense em primeiro lugar: Qual a diferença entre o ponto de vista humano, e o ponto de vista divino?

Pensemos agora: qual a relação entre muito e pouco, para Deus e para o homem?

Agora, como podemos aplicar esta lição à nossa vida, ao nosso dia a dia?

Sou alguém que dá o que sobra para Deus? Um tempinho de dedicação, uma boa ação de vez em quando, vagas lembranças, uma conversinha a respeito, mesmo um dinheirinho? Ficando assim satisfeito e com a consciência do “dever” cumprido?

O que Deus quer de mim? O controle total de nossa vida, quer nosso dinheiro, nossos bens, nossa família, nossas decisões, nossas vontades, nossa família, nossa fé, todo nosso amor. Tudo. Deus não quer o que nos sobra, Ele quer tudo, mesmo que pareça pouco. Ele não se satisfaz com menos que isto. Ou tudo ou nada. Portanto não é o quanto se dá para Ele que importa, mas o que se dá. Ele quer exclusividade e não partilha sua glória com ninguém.

As vezes por nos entregar sem reservas para Ele, poderá haver conflitos de vontades, mas se cedermos a nossa pela dEle, com certeza será melhor, pois a vontade de Deus é superior, Ele conhece tudo. Se confiarmos nEle será melhor (é como um filho que confia no pai).

A mulher da história, não tinha marido, não tinha ninguém para lutar por ela, o pouco dinheiro que poderia aproveitar em seu benefício, ela deu como oferta e gratidão a Deus, era tudo quanto tinha. Ela não se arrependeu e nem se preocupou se as pessoas ao seu redor ficaram satisfeitos com a quantia. Sua preocupação era agradar a Deus.

E aí..falta-lhe coragem? Você está disposto a deixar que Deus viva e controle a sua vida? Você quer agradar a Deus. Inspire-se nesta história. Deus quer tudo que você possua, para Ele, mesmo que pareça não ser nada.
DEUS ESTÁ FALANDO COM VOCÊ




Um Homem sussurrou: Deus fale comigo.
E um rouxinol começou a cantar
Mas o Homem não ouviu.

Então o Homem repetiu:
Deus fale comigo !
E um trovão ecoou nos céus
Mas o Homem foi incapaz de ouvir.

O Homem olhou em volta e disse:
Deus deixe-me vê-lo
E uma estrela brilhou no céu
Mas o Homem não a notou.

O Homem começou a gritar:
Deus mostre-me um milagre
E uma criança nasceu
Mas o Homem não sentiu o pulsar da vida.

Então o Homem começou a chorar e a se desesperar:
Deus toque-me e deixe-me sentir que você está aqui comigo...
E uma borboleta pousou suavemente
Em seu ombro

O Homem espantou a borboleta com a mão e desiludido
Continuou o seu caminho triste, sozinho e com medo.

Até quando teremos que sofrer para compreendermos
que Deus está sempre aonde está a vida ???

Até quando manteremos nossos olhos e nossos corações
Fechados para o milagre da vida que se apresenta
Diante de nós em todos os momentos ???

Para você meu beijo hoje com sabor de...VIDA !!!
QUERO SER UM CRENTE "DIFERENTE"




Por Daniel Rocha

Quero ser um crente diferente. Não quero ser conhecido apenas como alguém que "não bebe, não fuma e não joga". Isso é muito pouco. A "geração saúde", que freqüenta as academias e come comida natural, não bebe e não fuma, e nem por isso pode ser chamada de cristã.

Também não me contento em ser chamado de crente por ter um modo diferente de me vestir. Durante muito tempo, no Brasil, a diferença que os crentes queriam mostrar era que eles se vestiam de uma maneira "esquisita", e isso acabou tornando-se motivo de chacota e que em nada engrandecia o Reino. Com certeza, usar uma roupa fora de moda, não faz de ninguém um cristão.

Também não me satisfaço com o modelo "gospel" de crente que há hoje em dia. Broche de Jesus, caneta de Jesus, meias de Jesus. Sabe-se lá onde isso vai chegar. Tem muita gente ganhando rios de dinheiro com esses "cosméticos" para o crente moderno. A grife "JESUS" tem vendido muito. Mas não adianta. Usar toda a parafernália do marketing "gospel" não faz de ninguém um cristão.

Pensei comigo: a moçada evangélica hoje está toda na Internet. E saí à busca de salas de bate-papo de evangélicos. Confesso que tentei inúmeras vezes, mas não consegui. Me adentrava por assuntos importantes e profundos da vida cristã e as respostas eram chavões o tempo todo. Não se pensa, cria ou reflete, só se repete chavão do tipo "glóooooria", "Ta amarrado", "É tremendooo", etc. Definitivamente, repetir chavões a todo o momento não faz de ninguém um cristão.

Quero ser um crente diferente. Que não seja alienado da vida e de seus acontecimentos. Que saiba discutir e entender as questões existenciais, como a dor, a miséria, a sexualidade, a paixão, o amor. Quero ser um crente que não vive acuado, com medo de tudo, vendo o diabo em toda a parte e querendo amarrá-lo a todo momento. Jesus Cristo o derrotou na cruz, ele é um derrotado, e eu não preciso ficar me preocupando com ele 24 horas por dia.

Quero ser um crente que saiba falar de tudo e não apenas de religião, e que tenha, em todas as áreas, discernimento e sabedoria. Quero ser um crente que não tenha uma atitude conformista diante do mundo, do tipo: "Ah, Deus quis assim....", mas que eu seja um agente de transformação nas mãos de Deus.

Que a minha diferença não esteja na roupa, mas na essência: coração bom, olhos bons. Quero ser um crente que cria os filhos com liberdade, apenas corrigindo-lhes, para que cresçam e desabrochem toda a criatividade que Deus lhes deu. Quero ser um crente que vive bem com o seu próximo. Quero ser reconhecido como um crente pelo que eu "sou" e não por aquilo que "não faço". Quero ser um crente simpático aos outros, agradável, piedoso, que se entristece com a dor do próximo, mas também se alegra com o seu sucesso (já reparou que as pessoas se solidarizam com nossas derrotas, mas poucos manifestam alegria quando vencemos?).

Não quero ter de falar a todo momento que sou crente, para que outros saibam, mas quero viver de tal modo que outros percebam Cristo em mim.