Havia um grito retido no peito de
cada brasileiro. Sufocado por um estado absurdo de corrupção e desmandos
políticos, milhões brasileiros ocuparam praças, avenidas e até os prédios
símbolos do poder político em diversas capitais brasileiras, para protestar
contra os abusos do atual governo federal, dos deputados e até do poder
judiciário. Contra o Governo da presidente Dilma pesa o fato de ela ignorar a
corrupção dos seus aliados políticos e de fazer vista grossa aos problemas
sociais mais graves do país, que não podem ser resolvidos com os paliativos do
tipo “Bolsa Família”. Os gastos com as Copa das Confederações, que quase nada
de novo trouxe para o país, além dos gastos astronômicos com estádios em
cidades que tem pouca ou nenhuma tradição no futebol, foi um dos fatores
motivadores da mobilização das massas em todos os cantos do país. Um país com
altos índices de corrupção em todos os níveis da administração pública, com um
sistema educacional cambaleante, saúde doente, segurança pública falida, não
pode ficar adormecido se dar ao luxo de cumprir às exigências da “todo-poderosa”
FIFA construindo estádios caríssimos e luxuosos em meio a um oceano de pobreza
e miséria. Não somos a favor da violência e da baderna; mas também não somos a
favor da inércia, da falta de atitude.
Nós cristãos, não podemos
esquecer que também fazemos parte dessa sociedade que grita por justiça, por
escolas melhores, por assistência médica adequada, por segurança, por
dignidade, por punição aos políticos corruptos, por transparências nos gastos
públicos, por justiça social em todos os níveis.
Orar pela nação é preciso, mas
não basta. É preciso que nos unamos ao grito daqueles que, de forma consciente
lutam por uma sociedade mais justa. É necessário que saiamos dos nossos guetos
religiosos e nos apresentemos para protestar, inclusive nas redes sociais, por
um Brasil que seja conhecido não apenas pelos desmandos dos seus governantes,
pela corrupção desenfreada, pela lentidão da justiça e pela impunidade.
Vamos juntos nessa luta por um
Brasil melhor!
Pr. Ribamar Sousa
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