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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A VIDA CRISTÃ SURPREENDENTE É PARA VOCÊ!

(Dt 6.10-12; 1 Crônicas 4.9-10; Salmo 23; João 10.10)

Texto para célula baseado no sermão pregado pelo pr. Ribamar Sousa em 16 de fev. de 2014.




1.    Você foi chamado para viver uma vida cristã surpreendente. De acordo com o dicionário, surpreendente é algo excepcional; algo que nos arrebata e nos causa profunda admiração. Trata-se de algo admirável, estupendo, excelente, maravilhoso, sublime. Considerando os sinônimos, o que você compreende por uma “vida cristã surpreendente”?
2.    Comente a seguinte afirmação: “Compreender e vivenciar os princípios divinos que nos são ensinados, torna-nos preparados para viver a vida abundante que o Senhor nos prometeu. Dê sua opinião sobre João 10.10. Qual o objetivo de Satanás e qual o de Jesus? O que significa essa “vida abundante”? Você tem vivido isso?
3.    Leia atentamente Dt 6.9-10 e dê sua opinião sobre as afirmações feitas no sermão de domingo: a. “O Egito representa a escravidão, a miséria, o desajuste da vida, a opressão sob o Maligno”, mas o cristão verdadeiro já foi liberto do Egito e de sua opressão. b. Deus promete fazer coisas surpreendes na nossa vida, mas não podemos esquecer nosso passado, o que Deus fez na nossa vida. Não podemos esquecer que ele nos libertou e nos transportou para o “Reino do filho do Seu amor” (Cl 1.13)
4.    Agora Leia 1 Cr 4.9,10 e comente com a sua célula o que foi dito sobre a vida de Jabez: 1. Ele nasceu com um grave problema: foi filho rejeitado ainda no ventre e, quando nasceu, sua mãe deu-lhe um nome muito estranho: “sofrimento, ou dor”. Já imaginou? E você sofreu algum tipo de rejeição? Só que Jabez, o garoto rejeitado, conhece o propósito de Deus e desperta para uma nova realidade (1 Cr 4.10) e passa a viver tudo o que Deus tem para Ele. Ele não fica preso pela rejeição, mas avança. E você, tem avançado no propósito de Deus? Dê sua opinião sobre a atitude de Jabez.
5.    Qual o significado de cada um destes textos sobre a vida cristã surpreendente? Salmo 23; Romanos 8.37; 2 Coríntios 4.8-9.
6.    O primeiro passo para viver esse estilo de vida surpreendente é desejar. Jabez desejou e decidiu lutar por isso! O segundo passo é crer. Jabez creu no propósito de Deus, e tudo passou a ser diferente. A vida cristã surpreendente é para você. Você crê no propósito de Deus para Você? Está decidido a lutar em oração por mudanças?  
7.    Aquele que ora, muda a história. O terceiro passo dado por Jabez foi orar; orar muito e com persistência (Veja em 1Cr 4.10 o conteúdo da sua oração). Se você deseja que Deus mude as coisas em você e através de você, precisa orar. Um TSD de pelo menos 15m por dia já muda muita coisa.
8.    Veja que Jabez orou para ser abençoado, para assim, poder abençoar a outros. Quando você ora, sua vida é abençoada para abençoar a outros. Ganhar e cuidar bem das pessoas é cumprir o propósito de ser um abençoador. Você tem orado por isso? Jabez também pediu para Deus ampliar influência da sua vida(alargar suas fronteiras). Jabez também orou por proteção divina. Ele sabia que os adversários se levantariam para tentar impedir o seu avanço, mas sabia que podia contar com Deus. Deus é o seu lugar seguro contra as armas do Adversário, você pode contar com Ele(Salmo 91.1).
9.    Você tem um chamado para ser uma pessoa “ilustre” de acordo com o propósito que o Pai estabeleceu para a sua vida. Jabez, o menino que recebeu o nome de “filho do sofrimento”, foi transformado no mais ilustre entre seus irmãos. O mesmo pode acontecer com você! Você crê nisso? 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Pedrinhas e a questão penitenciária
Alexandre Pereira da Rocha

O Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, ganhou destaque nacional e internacional. Motivo: a divulgação das cenas de três detentos decapitados vítimas de facções criminosas atuantes nas prisões. Não obstante, muito antes desse fato, as unidades penais Pedrinhas já passavam por outros problemas comuns à maioria das prisões brasileiras: superlotação, rebeliões, fugas, violência e corrupção.

A situação das unidades prisionais de Pedrinhas simboliza um tipo ideal às avessas, em que se ressalta tratamento cruel e desumano como punição. O pior que pode existir numa prisão tem ocorrido em Pedrinhas. Isso foi apreendido numa inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na qual se constatou que o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas é: uma penitenciária superlotada, sucateada e controlada por facções criminosas diante um poder público omisso. 

Entretanto, essa realidade só parece ter incomodado o governo do Maranhão por causa da repercussão que o fato dos presos decapitados adquiriu. Note-se: quase 60 mortes de detentos já tinham ocorrido em Pedrinhas ao longo de 2013, sem gerar grandes preocupações às autoridades públicas. Infere-se que, se as imagens de terror nas prisões não tivessem sido divulgadas, o governo maranhense continuaria a ignorar a precariedade do seu sistema carcerário.

É fato. Hoje o Complexo Penitenciário de Pedrinhas está sob os holofotes, mas outros já ocuparam e ocuparão essa posição. Afinal, em prisões superlotadas, inseguras e sucateadas, acharques aos direitos humanos e ações violentas de facções criminosas ocorrem habitualmente. Isso não é novidade para deixar governantes chocados. No geral, há tempos estudos e acontecimentos apontam para o colapso do sistema prisional maranhense e de outras unidades da federação.

Não obstante, discussões sobre o sistema prisional brasileiro têm ocorrido em momentos de crises agudas, como a atual nas prisões do Maranhão. Até agora a estratégia adotada foi de apagar os focos de incêndio, quer dizer, sobrestar as crises. Nesse sentido são conduzidas as tratativas para conter a violência no Maranhão: a comitiva do Ministério da Justiça foi enviada a São Luís para ratificar a atuação da Força Nacional e a transferências de detentos para presídios federais. Decretou-se um plano emergencial para frear o caos na segurança pública e mudanças foram prometidas.

Mas outra vez não se aborda a fundo a temática penitenciária. Vale aqui revisitar a obra: “A Questão Penitenciária”, do criminalista Augusto Thompson, escrita ainda em 1976. De forma resumida ele já denunciava a rotina violenta das prisões, suas limitações físicas e a falência no quesito ressocialização. Ele traz um axioma intrigante: “a penitenciária não pode recuperar criminosos nem pode ser recuperada para tal fim”. Desse modo, a instituição prisão tem se tornado em depósito de sentenciados, sendo que a finalidade é apenas retirar os rotulados como criminosos de circulação.

A questão penitenciária cogitada por Thompson tem sido refletida por outros pesquisadores e organismos do campo de direitos humanos, porém com escassas contrapartidas do poder público. Com efeito, situações semelhantes à de Pedrinhas se repetem. Pior, a crise já não está mais restrita aos muros e às grades das prisões. Note-se: nas primeiras ações estatais para resgatar a ordem em Pedrinhas, criminosos foram às ruas causando pânico e a morte de uma menina. A título de exemplo, em São Paulo, integrantes de facções criminosas gestadas nas prisões têm promovido uma guerra contra as forças de segurança pública. Só em 2012, mais de 100 policiais militares foram mortos por criminosos.

Para complicar a questão, prevalece no senso comum a ideia de que investir em prisões é beneficiar bandidos. As prisões devem ser mesmo horrendas para que os presidiários paguem por seus crimes. Essa é a vingança da sociedade contra os criminosos. Esse revanchismo ilógico encontra abrigo numa parte considerável da classe política, de autoridades do aparelho de justiça criminal e da mídia, as quais incentivam um populismo penal como o meio eficaz de lidar com a criminalidade. Resultado: mesmo com as prisões brasileiras superando 500 mil indivíduos, a insegurança se generaliza.

A tragédia do Complexo Penitenciário de Pedrinhas não pode ser vista isoladamente. De um lado, ela é prova do descaso do governo estadual. De outro lado, insere-se numa crise sintomática do sistema prisional brasileiro. Decerto, o caos de Pedrinhas traz novamente à tona a questão penitenciária, que governos negligenciam e sociedade desconhece. Urge decifrar essa questão, pois estamos sendo devorados pelas omissões do poder público e violência das facções criminosas.